Saúde de Morro da Fumaça orienta sobre prevenção e sintomas da Dengue, Covid e viroses
Estratégia iniciada na cidade destaca práticas que podem ajudar a reduzir o número de casos e a proliferação de doenças
Diante do aumento na demanda por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, a Secretaria de Saúde de Morro da Fumaça deu início, nesta semana, a uma ação de orientação sobre a prevenção e sintomas de diversas doenças virais, entre elas: Dengue, Covid e viroses gastrointestinais.
A estratégia, conforme a secretária de Saúde, Marijane Felippe, visa esclarecer e envolver a comunidade no trabalho preventivo. “Temos três fatores principais. A taxa de transmissão da Covid está alta; Estamos com um decreto de Emergência Epidemiológica a nível estadual por conta do avanço da Dengue; E, mediante a retomada das aulas, ocorre o crescimento dos casos de virose, então precisamos que todos estejam atentos a prevenção, aos sintomas e sobre como proceder, caso apresente esses sinais”. Com base neste contexto, as agentes comunitárias de Saúde passaram a executar as visitas domiciliares munidas de folders informativos. “Em uma das páginas destacamos as doenças e os sintomas, para que as pessoas possam entender melhor o que cada doença causa e no verso pontuamos algumas orientações sobre ações preventivas. Em paralelo às orientações presenciais, a mesma estratégia informativa também está acontecendo nas redes sociais do governo”, detalha Marijane.
Para destacar as ações preventivas foi elaborada uma lista do que deve ser praticado pela população para evitar a transmissão da Dengue, do coronavírus e das viroses. “O material foi organizado em tópicos, destacando as medidas de prevenção para eliminar o agente transmissor da Dengue, depois sobre a importância da higienização das caixas d’água, e por último as medidas preventivas individuais, aquelas que ouvimos desde criança, mas que com o tempo são esquecidas, como por exemplo, a importância da higienização frequente das mãos, com sabão e álcool em gel”, pontua a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Saiane Steinback.
Eduardo Back, fiscal da Vigilância Sanitária explica que cuidar da limpeza da caixa d'água contribui para que a água chegue com qualidade até as torneiras. “A água está presente em praticamente toda a nossa rotina diária e se ela não estiver em boas condições também pode trazer riscos à nossa saúde. É comum as pessoas acabarem esquecendo de limpar a caixa d’água, entretanto o Ministério da Saúde orienta que a limpeza deve ocorrer a cada seis meses. Para esse processo o indivíduo deve utilizar, pano úmido, escova e água sanitária, o uso de detergentes ou produtos químicos não são recomendados. Ao terminar o processo a caixa deve ficar bem tampada de modo a evitar a entrada de possíveis contaminantes”.
Para a prevenção de viroses e doenças respiratórias a cartilha traz cuidados ainda mais simples: Estabelecer o hábito de lavar as mãos com frequência, utilizar álcool em gel, manter os ambientes arejados, higienizar superfícies e utilizar máscara caso esteja com sintomas respiratórios. Durante o trabalho informativo também está sendo detalhado como proceder diante dos sintomas. “Manter a pessoa hidratada e evitar a automedicação é um dos principais pontos. Caso os sintomas apresentem intensidade, o paciente deve buscar atendimento médico para obter o diagnóstico correto e assim receber o tratamento adequado”, frisa a secretária de Saúde. Em relação a Dengue, o recado é sobre a importância da limpeza dos terrenos. Segundo dados da Vigilância Sanitária, 80% dos focos de mosquito Aedes aegypti são identificados nas residências. “Neste sentido é recomendado que a população faça uma vistoria em suas propriedades e elimine esses pontos de água parada. Se encontrado larvas, deve ser utilizado água sanitária para exterminá-las. A água de piscinas também deve receber cloro, pelo menos, uma vez na semana”, explica a enfermeira e coordenadora da Vigilância Sanitária, Patrícia da Rosa Satiro Zanette.
De acordo com o informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), divulgado nesta semana, os focos do mosquito Aedes aegypti estão presentes em 233 municípios, totalizando mais de 20 mil focos. Dos 295 municípios catarinenses, 159 são considerados infestados pelo vetor.
Texto: Daiana Carvalho Foto: Otávio Henrique
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